terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aventura de caiaque

Travessia de caiaque pelo rio Piratini, arroio Pavão e canal de São Gonçalo

Depois de muito planejamento, muito material estudado sobre o rio Piratini, todo o equipamento adquirido, enfim esta chegando o dia dessa travessia, a qual eu estava esperando há uns seis meses.
Durante todo esse tempo consegui me comunicar com algumas pessoas que fizeram essa jornada a fim de colher o máximo de dados sobre o rio, o tempo que levaram e os utensílios necessários usados nessa travessia.
Também andei pelo canal  são Gonçalo de caiaque a fim de testar as minhas condições físicas e a necessidade de fazer um melhor preparo para essa travessia, sabendo que em maior parte do tempo o rio Piratini poderá me ajudar devido à correnteza a favor, mas sei que o trecho do canal são Gonçalo é muito difícil devido a correnteza e principalmente ao vento o qual em uma ida de teste à eclusa (barragem do centurião) tive dificuldade em voltar, pois havia ondas fortes e o vento quase não deixava eu remar.
Todo esse estudo antecipado foi por causa do tempo que terei para fazer a travessia, já que não conseguirei férias no mês de janeiro e provavelmente terei quatro dias para fazer isso, sei que tenho uma folga de tempo (quatro dias), mas não quero fazer correria, quero aproveitar ao máximo mas não posso passar dos dias planejados. Conto também com um pouco de sorte no que diz respeito à previsão do tempo, pois o rio sobe rápido em caso de chuvas fortes em sua cabeceira, mas também não farei nada sem pensar e poderei cancelar em ultima hora se a previsão não for otimista.
Alguns acham que sou louco, mas só quem gosta sabe do que estou falando, e que quando tomadas as devidas providências não há o porquê de dar errado, isso funciona para qualquer coisa que irá fazer, e sem esquecer que imprevistos sempre podem acontecer e vão acontecer, pois fazem parte da aventura a questão é estar preparado.
Espero que na volta eu possa estar descrevendo nas próximas paginas o relatório dessa aventura e colocando fotos sobre essa travessia a qual não vejo a hora de acontecer.
Uma boa sorte a mim e é claro a todos os aventureiros que um dia farão essas façanhas e um parabéns a quem já fez e que nunca pare por ai, Aventuras & Natureza sempre!!!

Dia 18 véspera da saída.


Arrumando as coisas para verificar a capacidade.

 Hoje é o dia em que começo a separar e arrumar o material, os alimentos, os acessórios de pesca, enfim, tudo aquilo que preciso para essa aventura.
Meu pai será o responsável por me levar até o local de partida e me pegar no local de chegada que é na barra próximo ao trapiche da praia do laranjal.
Estarei utilizando um caiaque de dois lugares fabricado pela caiaker modelo foca, sendo que o assento da frente será para os equipamentos como barraca, comida, água, etc.
O trajeto será o seguinte, partirei por volta das 09h da manha do dia 19-01-2013 do trecho conhecido como passo do Ricardo (estou considerando como km 00), onde o rio Piratini é cortado pela BR116 no km 556, farei por volta de 22 a 25 km nesse primeiro dia ficando o primeiro acampamento a uns 2 ou 3 km da entrada para o arroio do pavão. No próximo dia pretendo levantar cedo o acampamento e estar na água no máximo umas 07h da manha  sendo então o segundo dia de remada o qual pretendo percorrer o trajeto do arroio pavão e parte do canal de são Gonçalo fazendo acampamento nas proximidades do km 49 ficando os 29 km finais para o ultimo dia totalizando 78 km percorridos de caiaque pelo rio Piratini, arroio do pavão e canal de são Gonçalo com chegada na barra em pelotas próximo ao trapiche da praia do laranjal.
Também verifiquei a previsão do tempo para os próximos quatro dias seguintes os quais a probabilidade de chuva ficou entre 30% e 40% e ventos fracos a moderados.
Estive no local da saída a fim de ver o nível do rio o qual estava dentro do normal, o qual constatei que estava bom e com a correnteza razoavelmente rápida, o que é bom.
Confeccionei mapas dos rios, pois o trajeto é muito fechado principalmente no rio Piratini e arroio pavão, os quais não conheço a não ser por fotos e imagens de satélite. Já no canal são Gonçalo com certeza me sentirei mais em casa, pois já pesquei muito em suas margens e até mesmo embarcado. Adquiri para uso com os mapas uma bussola já que sem a mesma os mapas não serviriam muito, e de ultima hora consegui um GPS, um aparelho muito bom, mas pelo fato de não conhecê-lo muito bem levarei sim os mapas que já havia feito.
Tudo arrumado, equipamento pronto, caiaque revisado, e agora é só esperar pelo dia de amanha, acredito que dentro de poucas horas estarei começando a travessia sem problemas e imprevistos e que durante a travessia as dificuldades sejam enfrentadas de acordo com o que foi planejado e os imprevistos de trajeto superados com paciência e dedicação.

Primeiro dia
19/01/2013 saída as 08h30min da manhã

Eu e meu pai arrumando as tralhas para minha partida.


Comecei a remada com o rio um pouco mais alto em relação ao dia de ontem quando vim aqui para verificar o nível do mesmo e a correnteza, tive uma remada boa com correnteza a favor até o km 19, após o rio fica um pouco mais largo e a correnteza diminui um pouco.
Tive dificuldades em ir nos caminhos certos após o km 19, mesmo com o uso do gps, os mapas que também retirei do Google Earth são de 2009, e constatei que o rio já mudou alguns percursos em relação a esse ano, foram poucas as mudanças, mas para um inexperiente nessas travessias tive que parar e pensar um pouco.
No km 14 tive que desviar uma represa de pedras que foi feita para elevar o nível da agua e assim levar água a uma granja próxima. Foi um peso arrastar esse caiaque pela areia, mas deu certo.
Lá pelo km 16 tive um grande susto, o caiaque deslizava rápido pelas águas quando por descuido bati muito forte em um galho submerso, pensei que havia danificado o casco do caiaque, mas ainda bem que nada ocorreu.

Km 18, considerando a partida o km 0.

No km 18 o rio ficou bem estreito, rápido e havia vários obstáculos, tive dificuldade em não bater nos galhos e mesmo sem remar o caiaque chegou a incríveis 9,3 km/h segundo o gps, o que é muito para minha embarcação carregada.
Montei o primeiro acampamento no km 24,8 e marquei no meu mapa, lugar alto, limpo e protegido, quem passa pelo rio dificilmente me verá já que o leito principal fica do outro lado, ao norte de onde estou.
Daqui dá para ouvir muito distante os motores do levante de uma das granjas que aparece no meu mapa, caso tenha algum problema acredito que em menos de 30 minutos consigo chegar até lá para pedir ajuda.
Juntei lenha, descarreguei o caiaque, montei barraca e mesmo com meses de preparo esquecei um espeto que estava na lista de materiais a trazer.
Mas como todo gaúcho isso não foi problema, até porque eu queria assar pouca coisa, e havia muita madeira para confeccionar um espeto, foi o que fiz.
Hoje cansei um pouco, mas dentro do esperado, remei 25 km até às 14h20min, não peguei vento e a correnteza ajudou muito.
To bem satisfeito espero que amanhã consiga seguir conforme o planejado...

Segundo dia
20/01/2013 saída as 06h30min da manhã
  

Km 28 já no arroio Pavão.

A água parecia um espelho de tão parada que estava até a entrada do arroio Pavão, achei fácil a entrada do arroio Pavão, mas mesmo assim parei e revisei os mapas a fim de ter certeza de onde estava indo.
Durante toda a remada no arroio do Pavão não peguei vento devido a vegetação alta em suas margens e embora não tivesse correnteza consegui remar bastante antes de fazer uma parada boa para descanso e refeição.
Fiz a minha parada no encontro do arroio Pavão com o canal são Gonçalo, na verdade atravessei o canal e parei do outro lado.
O que era muito bom no arroio Pavão foi totalmente o contrario no canal são Gonçalo, vento ondas e mais vento e mais ondas, minhas energias se esgotavam rápido demais e fiz varias paradas nas margens e verifique no gps que não conseguia passar os 3,5 km/h , eu realmente comecei a duvidar se conseguiria chegar amanha dentro do horário planejado.
Mesmo assim consegui remar 29 km hoje, o que rendeu foi a remada no arroio do Pavão, embora eu não quisesse fazer correria acabei excedendo a quilometragem para o dia de hoje, passei do local em que queria acampar mas encontrei uma área bem legal no km 54.
O tempo estava bem nublado, ainda bem, porque se tivesse um sol de rachar ai sim eu estaria mal mesmo.
Hoje não to cansado, mas sim exausto, o trecho que remei da saída do arroio Pavão até o km 54 no canal são Gonçalo foi o pior até agora, fiquei quase sem forças para arrumar o acampamento e foi uma luta para encher um colchão inflável com fole interno, não recomendo pra ninguém, o dia que comprar um colchão desses já compre uma bomba junto vai facilitar e muito.
Lembro-me de um cachorro que me acompanhou pela margem por uns 2 km antes do acampamento, acredito que estava cuidando o campo, pois não tinha cara de amigo e latia muito, resolvi remar até ele desistir e foi o que ocorreu no km 54.

Segundo acampamento montado.

Depois de montado o acampamento, tudo ajeitado começou um vento forte, minha barraca aguentou, ainda bem, porque depois veio uma pancada de chuva bem forte, mas não molhou nada de meu equipamento e minhas roupas, pois já estava tudo dentro da barraca. Foi uma daquelas pancadas de verão e após fui recompensado com um belo por de sol às 20h37min minutos o qual não perdi a oportunidade de fotografar.
Cheguei no km 54 as 16h30min foi uma boa remada, me alimentei bem na chegada, mas esse dia preferi não fazer fogo pois onde acampei havia gado no campo e eu não queria alertar ninguém sobre a minha estadia ali.
Espero que amanhã seja melhor e que o vento e as ondas deem um alivio pra mim...

Terceiro e ultimo dia
21/01/2013 saída as 06h50min da manhã


nascer do sol no terceiro dia.

Nem parecia o dia de ontem, o canal são Gonçalo estava mais parado que água de poço, não havia um sopro de vento sequer e eu dava risada, hoje eu com certeza conseguiria chegar dentro do previsto lá no trapiche da lagoa.
Comecei minha remada um pouco mais tarde do que planejei, pois dei falta de um suporte de minha câmera fotográfica e gastei um tempo procurando, infelizmente perdi pelo caminho, senti não pelo valor, mas sim porque com ela já fiz vários vídeos tanto no caiaque como de moto e fez uma falta e tanto porque tive que adaptar um tripé no caiaque para fazer os últimos vídeos da remada dessa travessia.

chegada a barragem do centurião. ECLUSA.

Cheguei à eclusa (barragem do centurião) as 08h da manhã, consegui ir bem rápido devido às boas condições de remo, mas tive que esperar até as 09h a eclusagem, pois as comportas de alivio do canal estavam todas fechadas e seria impossível passar ali.
Fiz a passagem em pouco mais de 15 minutos eu e outro barco que estava esperando a passagem, após notei que o vento ficou forte e as ondas começaram a aparecer, acho que ri cedo de mais...
A remada até a ponte do trem foi bem difícil, ainda bem que não apareceu nenhum pescador oferecendo reboque para o caiaque porque eu acho que iria aceitar, as dores apareceram e o caiaque quase não saia do lugar com o forte vento, mesmo remando rente a palha das barrancas.
Quando estava passando a ponte do trem um pescador me acompanhou de barco perguntando de onde eu vinha e tudo sobre essa aventura, essa conversa me deu animo e parece até que as dores passaram e eu conseguiria chegar ao meu destino. Após isso remei até o antigo frigorifico anglo, hoje UFPEL e lá amarrei meu caiaque para descansar e ligar para minha família avisando que estava bem e que dentro de poucas horas estaria no pontal da barra.
Continuada a remada os ventos só aumentavam à medida que me aproximava da lagoa, foi difícil mesmo cheguei na altura do arroio Pelotas e pensei em entrar ali e mudar meu ponto de chegada para próximo ao centro português, mas resolvi encarar mesmo sabendo que tinha mais de 1h30min de remada pela frente em condições normais, mas não sabia em quanto tempo chegaria naquelas condições, cansado ,com dores, ondas, ventos e até uma pancada de chuva nos 2 km finais.
Quando vi o pessoal me esperando na barra novamente me deu um animo  e gastei minhas ultimas energias para chegar no pontal da barra, verdade que queria chegar ao lado do trapiche que fica mais 1 km a frente, mas aquelas condições já eram desumanas e a força da natureza me obrigou a encerrar o trajeto no km 77 ao invés do km 78 como havia planejado.
To bem feliz, sem energias, esgotado, mas feliz de ter conseguido alcançar meu objetivo, dá próxima vez com certeza utilizarei a experiência adquirida e pensarei um pouco melhor no que diz respeito ao local que eu farei a próxima aventura.

Conclusão dessa aventura

A ideia principal desse relato foi de compartilhar com outros remadores e aventureiros sobre os locais que passei e sobre as condições de navegação dos rios, já que na internet encontrei muito pouca coisa e a maior parte do material e dicas que peguei foram com colegas de remo com quem falei pela internet. Espero assim estar ajudando e contribuindo para os próximos aventureiros a passarem por lá.
Sobre a aventura posso dizer que não foi fácil, mas com certeza foi muito legal chegar em casa e saber que tudo que eu havia planejado deu certo em quase 100%.
Aprendi algumas coisas como, remar o mais cedo possível, se for o caso mesmo bem antes do sol nascer, pois não há quase vento e a água fica paradinha.
Levei muita comida, carne, enlatados, sucos etc... e também levei muita água  sobrou 3 garrafas de 2 litros as quais eu esvaziei nos quilômetros finais para aliviar o peso, eu tinha levado 9 garrafas de 2 litros cada mais 2 litros de suco industrializado.
Mas isso não foi problema, melhor sobrar do que faltar.
Senti falta de um radinho a pilha, cheguei a pensar em levar, mas não sei por qual razão acabei deixando ele pra traz.
A falta do espeto para assar a carne não foi nada, foi até bom, só serviu para acarretar experiência a essa aventura.
Vi vários bichos durante o trajeto como exemplo capivaras e cobras, mas infelizmente não consegui fotografar, pois apareciam quanto eu menos esperava, e remando ficava difícil fotografar.
Falando em fotografar, uma coisa que seria boa era aquelas câmeras de capacete que são a prova d’água eu conseguiria melhores imagens de momentos onde havia mais ação e não podia soltar o remo.
Também quero salientar sobre o colchão inflável que levei, uns falaram que era de mais, mas imagine um dia de remada difícil e depois dormir sem conforto nenhum, mas vou comprar uma bomba para enche-lo pois aqueles foles internos não prestam!
Teve gente que me perguntou se eu faria isso novamente, a resposta é claro que foi sim, mas da próxima vez espero levar mais gente junto e assim minimizar os riscos e ter alguém com quem trocar ideias.
Também quero chamar a atenção para o lixo que foi gerado, recolhi tudo, tudo mesmo, não ficou um pedaço de plastico para trás  durante a minha travessia vi algumas garrafas pet que pareciam vir de muito longe pela aparência. Fazer uma aventura é também respeitar o meio ambiente, para que daqui a alguns anos possamos voltar lá e também deixar o rio como ele é para que possa ser apreciado pelas próximas gerações.
 Valeu mesmo! Espero no ano que vem ou quando der eu possa fazer um trajeto no rio Camaquã conforme alguns colegas de caiaque que me forneceram informações sobre o Piratini pela internet, o Camaquã é muito legal por se tratar de um rio com correnteza a favor sempre.
Agradeço a todos que de uma forma ou outra me ajudarão a realizar essa aventura fornecendo informações importantes como os colegas de caiaque que conversei pela internet e um agradecimento especial a minha equipe de apoio, responsável por me levar ao local de partida e me pegar na chegada, meu pai, minha madrasta e minha noiva.
Seja o que deus quiser e até a próxima, não vejo a hora!!!


                                                                                                                                            Vinícius B.Pinho.
Galeria de imagens e videos:
  
video 1:     Pelo rio Piratini...

video 2:     Rio Piratini, arroio Pavão e canal são Gonçalo

video 3:     Remada pelo são Gonçalo

video 4:     Passagem pela Eclusa do canal são Gonçalo

vídeo com as fotos: fotos dos 3 dias.

arquivo power point com todas as fotos: Fotos em power point.






e-mail: viniciuspel.com@gmail.com









6 comentários:

  1. O relato sobre a aventura ficou muito bom!!!! Espero que na próxima aventura (sei que haverão outras hehehe) tenha companhia e tenha sempre em mente que um bom planejamento é o melhor caminho!!!
    Beijos, Te amo!!!

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    1. Obrigado, com certeza o planejamento é fundamental!!!
      te amo. bj.

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  2. Que aventura emocionante!! muito bom os detalhes dos relatos, as imagens e os vídeos que nos mostra que maravilha que é a natureza. Pena que poucos tenham a coragem e oportunidade de vivenciar estes momentos!! Boa sorte para as próximas.

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    1. Valeu cara, espero na proxima levar uma camera a prova d'água e fazer registros melhores!

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  3. OLa Vinicius!
    Quero lhe parabenizar pela sua aventura e pelas belas imagens, sua descrição de sua aventura me parecia estar ali com vc compartilhando dessa emoção, do planejamento, execução, e no fim tudo certo..rsrsr muito bom. Mas tbm gostaria de agradecer pela motivação que recebi lendo o seu blog e curtindo essa aventura, pois andei sem tempo para dar umas remadas e substitui por pedaladas e trilhas assim permanecendo próximo a natureza.Com isso vou voltar e vou por em execução o roteiro que a 1 ano venho planejando, vai ser moleza 20km rio abaixo... tenho a vantagem que o Rio das Antas possui na maioria de seu percurso vairas cachoeiras e corredeiras isso vai exigir um pouco mais de adrenalina, mas com segurança quero fazer essa voltinha conforme imagem no blog em 5h..
    Mais uma vez Muito obrigado..
    Valeu!

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    1. Muito obrigado Hélio, espero que no final do ano ou inicio do ano que vem eu possa fazer o trajeto do rio Camaquã de mais ou menos 148 km e com certeza postarei aqui tb. Quanto ao roteiro que programasse vai firme!!! só te dou um conselho, se tiver um amigo leva junto, é bom pra trocar idéias e pela segurança, mas caso decida fazer sozinho como eu fiz te cuida e nunca tire o colete!!! Assim que fizer posta ai e me avisa vou gostar de ver com certeza!!!

      Até mais e boas remadas!

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